Julio Ferreira / PMPA (Divulgação)
A chuva também retornou na manhã desta sexta-feira (10) à Capital Gaúcha. Até as 14h, 21 milímetros foram registrados, conforme dados da BaroClima Meteorologia. A volta do tempo instável deixa o trabalho de resgate ainda mais difícil. Nesta manhã, a passarela da Rua Conceição, em frente à rodoviária do município, foi demolida para a construção que um corredor humanitário. As informações são do portal ABC+, do Grupo Sinos.
O trecho permite a ligação entre a Avenida Castelo Branco e o túnel da Conceição. A via será uma pista única, que funcionará com um sentido por vez. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos em até três dias. A nova alternativa será usada para desafogar o trânsito na 118, tendo em vista que o tráfego será permitido apenas para veículos de emergência. Automóveis particulares devem continuar utilizando a 118.
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- Este acesso é fundamental, pois por este corredor humanitário chegarão ambulâncias, remédios, comida e suprimentos - afirmou o prefeito Sebastião Melo.
Ainda conforme o Executivo de Porto Alegre, um projeto está sendo elaborado para a construção de uma nova passarela de estrutura metálica, mais alta para a região.
Veja o vídeo que mostra o momento da destruição da passarela:
🚧 A passarela da rua Conceição, em frente à Rodoviária, foi demolida para viabilizar a construção do CORREDOR HUMANITÁRIO, ligando a Av. Castelo Branco ao Túnel da Conceição. pic.twitter.com/YGUZp5LbxA
— Porto Alegre (@Prefeitura_POA) May 10, 2024
O número de pessoas que tiveram de sair de suas casas em razão das chuvas em Porto Alegre passou para 12 mil. A maioria delas é atendida em abrigos organizados pela prefeitura, parceiros e voluntários. Na atualização mais recente, da quinta-feira (9), foram contabilizadas 12.737 pessoas em 124 abrigos. A prefeitura de Porto Alegre editou o Decreto nº 22.667/2024, que autoriza a requisição administrativa de bens, serviços, equipamentos e pessoal necessários para o atendimento emergencial à situação de calamidade pública.
A última medição da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), das 13h15min desta sexta-feira (10), aponta que o nível do Guaíba está com 4m71cm. O cenário pode mudar, com o risco de repique dos rios. Os rios estão em baixa, mas devem voltar a subir na próxima semana à medida em que chega uma nova onda de vazão provocada pela chuva volumosa. A situação é preocupante porque os níveis do Rio dos Sinos e do Gravataí estão muito altos. Além disso, o Lago Guaíba também está elevado. Esse cenário é de alto risco principalmente para as cidades de Taquara a Canoas.
Outra cidade afetada na região é São Leopoldo. O município teve a situação de Estado de Calamidade Pública reconhecida pelo governo federal nesta sexta-feira (10). Segundo a prefeitura, com a vinda da comitiva do presidente Lula e seus ministros, a cidade de São Leopoldo foi incluída como prioritária no processo de contato direto com as equipes na elaboração dos planos e agilidade nas análises e liberação dos recursos emergenciais. Cerca de 20 escolas municipais foram alagadas ou destruídas pela enchente na cidade. Em alguns locais as águas inundaram toda a estrutura das instituições, causando enormes danos e impossibilitando o retorno imediato das aulas.
O prédio da Secretaria Municipal de Educação, situado na Praça Tiradentes (Centro), também teve o primeiro andar alagado. Além disso, há inúmeros professores, alunos e funcionários das empresas terceirizadas desalojados. No momento, 12 escolas servem de alojamento para pessoas que estão desabrigadas.